quarta-feira, agosto 29

A pendenga da Educação

Já é lugar-comum falar que educação é importantíssima para o desenvolvimento de um país, mas parece que ainda está difícil disso entrar na cabeça de nossos governantes. Não que não seja comum eles também falarem disso. O problema é que as palavras estão longe de se transformarem em ações reais (pelo menos, o suficiente para resolver o problema). Prova disso é a paralisação que os trabalhadores em Educação de todo o Brasil estão realizando hoje (29). O motivo da manifestação é a cobrança da aprovação do Piso Salarial Profissional Nacional – PSPN. Em Teresina, a concentração começou cedo (às oito da manhã) no pátio da Secretaria de Educação, onde foi realizada aula pública.

O agravante que acabou servindo de estopim para a manifestação é que amanhã (30) termina o prazo estipulado na lei 11.494/07 do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) para votação do projeto de lei que cria o Piso Nacional. O piso, baseado nas reivindicações da categoria, é de R$ 1100 aos habilitados em nível superior por 25 horas semanais, enquanto o substitutivo proposto pelo relator da matéria na Câmara dos Deputados, Severiano Alves, prevê um piso de R$ 900. O projeto do Executivo estabelece um piso nacional ainda menor (R$ 850) para professores e especialistas em educação básica no desempenho de atividades educativas, e com jornada maior (40 horas semanais). E esse piso independeria do nível de formação do profissional. Ou seja, não existe incentivo algum pra que o profissional se especialize.

Falar em educação pode continuar sendo lugar-comum por muito tempo, mas as propostas ainda estão longe de chegarem à um valor justo, não só pelos anos de estudo necessários para a formação profissional de um professor, mas também pela importância que esse profissional tem para a construção de um país melhor.