A catraca e as crianças

Um fato comum mas, nem por isso, normal. Esta é a melhor definição pro fato de ainda hoje as crianças que têm gratuidade na passagem de ônibus serem obrigadas a se espremerem e se sujarem por baixo das catracas da vida pra passar pelo cobrador. É de se admirar que o Setut, sempre tão esperto e com uma muito suspeita aprovação de 81% dos usuários (será?), ainda não inventou uma catraca específica pras crianças, idosos e pessoas com deficiência, na intenção de quantificar suas perdas e ter poder de barganha ainda maior junto à prefeitura de Teresina. (É melhor não dar idéia!)
O problema é antigo, mas de fácil solução. Basta deixar as crianças entrarem por trás ou descerem pela frente ou, ainda, colocar uma nova porta nos ônibus, específica pra estas pessoas. É tão simples que beira à idiotice ainda existir este problema em uma capital como Teresina, mas será que existe o mínimo de preocupação por parte dos empresários e políticos em resolver estes e outros problemas no transporte público? Creio que não. A preocupação é em deixar cada vez mais o cidadão alienado de seus direitos pra que ele não os conheça e, portanto, não tenha como lutar por eles e cada vez mais tomar direitos e exigir deveres.