quarta-feira, março 7

Contradições

E o governo do estado do Piaui, quem diria, hein? O mesmo que se auto-intitula como “dos trabalhadores”, “democrata”, “popular” e tantas outras palavras bonitas e convincentes é o que agora, em um ato autoritário, alega que apenas 4 pontos da proposta de reforma administrativa que tira uma série de direitos do servidor do Estado são negociáveis. O que é isso, senão uma enorme contradição? Como dizer que se é democrata e ao mesmo tempo colocar pontos tão polêmicos numa proposta de reforma e já ir logo dizendo o que pode e o que não pode ser mudado? O argumento usado pela secretária de administração, Regina Souza, é que o projeto não pode sofrer alterações além destes quatro pontos porque na verdade não passa de uma adequação às leis federais, o que nos leva a pensar no Governo Federal, oriundo do mesmo partido e que também faz questão de vincular a sua imagem à defesa dos direitos do trabalhador, democracia, e um monte de idéias que hoje são jogadas no lixo em nome de um “corte de gorduras” que, em parte é necessário, mas da forma como está sendo feito é muito drástico e prejudicial ao trabalhador e à sociedade como um todo. Uma contradição justifica o outra? A resposta fica à seu critério. Com a manifestação dos servidores ontem, durante a votação da proposta na Assembléia Legislativa, a proposta foi adiada, mas por quanto tempo?

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