quarta-feira, novembro 22

Golpes pós-eleitorais

A pretexto de que a Lei de Diretrizes Orçamentárias vincula o salário mínimo ao valor da inflação e ao crescimento da economia, o governo anunciou que a proposta inicial R$ 375 para foi reduzida pra R$ 367, ou seja, um reajuste de apenas 4,6%. E olha que as centrais sindicais defendem um aumento de 20%, o que representaria um salário mínimo de R$ 420. Parece que é melhor ir tirando o cavalinho da chuva, mas é bom também ficar de olho aberto nos já altos salários dos integrantes do conselho judiciário que, apesar de já receberem R$ 23 mil, ainda têm a cara de pau de pedir, através de anteprojeto um aumento de 24% (muito superior, mesmo percentualmente, que o dos trabalhadores que os sustentam) ou seja, passariam a receber mais de 30 mil, o que estaria acima do limite dos salários do funcionalismo público, que é de R$ 24.500. Só resta saber que resposta vai ser dada a este pedido pra a partir daí descobrir pra quem este governo está governando: Se pros milhões de trabalhadores, que, infelizmente, recebem um salário mínimo miserável, ou pra uma minoria que tem a ousadia de ainda tentar (diga-se de passagem, de forma ilegal) aumentar seus já elevados salários.

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