terça-feira, outubro 10

Uma estrela em ascensão e um povo em risco de decadência

Nem bem foi eleito senador, o filho de empresário, JVC já fala na possibilidade de sua candidatura para o governo do Estado nas próximas eleições. Talvez, aproveitando-se da necessidade de rotatividade no poder a que seu parceiro circunstancial, W. Dias se referiu recentemente quando disse que o PT não lançaria candidato no próximo pleito ( peixe morre pela boca).

O maior argumento responsável pela eleição de JVC não passa de uma falácia. A geração de empregos. Que o grupo Claudino gera, nós não podemos negar, mas precisamos nos perguntar que tipo de emprego e a que custo. Na grande maioria das vezes (senão, totalidade), são empregos sem a mínima possibilidade de ascensão e que também impedem os empregados de estudar ou mesmo se sindicalizar. Neste sentido, há até uma incoerência em um Partido que se auto-intitula dos Trabalhadores, se coligue com um empresário que comete este tipo este tipo de ação contra o Estado e o próprio Trabalhador (que interesses obscuros podem fazer um partido esquecer sua ideologia tão rapidamente?). Além disso, a isenção de impostos e o poder de pressão sobre o Estado no sentido de impedir que novas empresas invistam no Piauí (o que poderia gerar muito mais emprego e renda no Estado) também pesam no sentido negativo contra JVC.

Então, fica no ar a pergunta: será que sua real intenção era mesmo gerar empregos no Estado? Ou será que no dia em que perder estas regalias não vai dar um pé na bunda do Piauí e escolher terreno mais fértil para seus lucros? É bom pensar sobre isso. Aliás, era bom ter pensado antes de elegê-lo, mas agora que o leite foi derramado, só podemos esperar pra ver o que acontece e só depois julgar e votar uma vez mais, ou não, no nosso senador eleito. Ou quem sabe anular o voto, por falta de opções realmente interessantes para o povo.

É, depois desta eleição, não duvido mais de nada. Talvez JVC se candidate e, possivelmente vença, o risco é descobrirmos que quem vai perder com isso somos todos nós.

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